quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Defesa Civil limita mais ainda tráfego na ponte de São Gonçalo



Por orientação da Promotoria de Justiça de Nova Venécia, o tráfego na ponte de São Gonçalo, sobre o Rio Cricaré, na divisa entre os municípios de Vila Pavão e Nova Venécia foi restringido a veículos de no máximo 2.000 quilos.
Na manhã desta terça-feira, 15, a Defesa Civil de Vila Pavão colocou blocos de granito na entrada da ponte do lado pavoense para impossibilitar a passagem de veículos pesados pelo local. A medida foi adotada como forma de precaução, após análises técnicas constarem a precariedade em sua estrutura que mesmo sob proibição vinha sendo utilizada para o tráfego de caminhões carregados, o que passou a incomodar as autoridades e a população que temem acidentes, destruindo assim, a única via de acesso entre os municípios.

Entenda
A velha ponte de madeira com mais de meio século de existência e aproximadamente 60 metros de extensão, ao longo dos anos foi destruída e reconstruída várias vezes. Nas enchentes de 2013/14, depois que a coluna central que a sustentava foi arrancada pela força da correnteza, a Secretaria de Obras de Vila Pavão e a comunidade local, reconstruíram precariamente a ponte utilizando longas vigas de madeira sobre colunas de aço soldadas sobre um pedaço da estrutura que sobrou. Isso permitiu o acesso da população ribeirinha que era obrigada a fazer a travessia em botes improvisados sem nenhuma segurança.
Entretanto, devido à precariedade da sua estrutura, só foi permitido trafegar no local , pedestres, motocicletas e automóveis leves.
Mas na prática, não foi isso o que aconteceu. Como a região aglutina várias empresas extratoras de granito e produtores de café, mesmo sob proibição a ponte vinha sendo utilizada para o transporte de cargas.
 Com interdição da ponte de São Gonçalo para o trânsito de caminhões, os motorista têm como opção,  a ponte de Nova Venécia ou a ponte de Vila Itaperuna, uma aumento de cerca de 20 quilômetros na viagem.

Segurança
A fragilidade da ponte é visível. Ela está completamente desnivelada, com pranchões soltos, provocando barulho capaz de deixar qualquer motorista que passa pelo local apreensivo. Além disso, não possui nenhuma proteção lateral e a estrutura é estreita, possibilitando apenas a passagem de um único veículo por vez.
 Segundo o coordenador da Defesa Civil de Vila Pavão, Weverton Gueis Rodrigues, a ponte foi reconstruída como medida paliativa para não deixar  a comunidade no isolamento e para o tráfego limitado de veículos. “Se não era apropriada transitar nela na época que foi reconstruída, quando mais agora que já se passaram quase dois anos e logicamente sua condição se deteriorou.  Então fizemos essa nova interdição, orientada pelo Ministério Público, pensando na segurança da população, o que não impede a sua interdição total, caso um novo laudo aprovado por técnicos da Defesa Civil e Prefeitura dos dois município ateste algum risco para a população”, explicou.


Ponte nova
O projeto de uma nova ponte que atenda à demanda de tráfego na região e de segurança, foi elaborado por uma equipe do Governo do Estado e encaminhado para o Governo Federal.
A notícia da aprovação do projeto veio no Diário Oficial da União do dia 05 de dezembro de 2014. Através da Portaria nº 324, a União, por intermédio do Ministério da Integração Social, autorizou o empenho e repasse de recurso para construção de pontes destruídas pelas enchentes 2013.
No início do mês de maio deste ano, o Prefeito Eraldino Jann Tesch chegou a assinar as ordens de serviço autorizando o início das obras da construção de uma nova ponte sobre o Rio Cricaré, que dá acesso à comunidade de São Gonçalo com 70,40m de extensão por  5,80m de largura e Ponte sobre o Rio XV de Novembro (21,10 x 4,2m)  ambas no município de Vila Pavão, destruídas nas enchentes do final do ano 2013 com investimentos oriundos do Ministério da Integração Social envolvendo recursos  na ordem de R$ 1.908.318,22 milhões, porém, técnicos e engenheiros da empreiteira encarregada da execução  dos serviços tiveram que fazer algumas modificações no projeto de edificação da obra que exigiu perfuração de rocha no leito do rio e não bate estaca como indicava o projeto original.
Isso, alterou o cronograma de execução da obra, mas, segundo informou o Prefeito, todas as alterações no projeto foram aprovadas e o início da construção da ponte,  só depende agora da liberação da primeira parcela dos recursos pelo Ministério da Integração Social.

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