sábado, 2 de fevereiro de 2013

Aspecto Geral

                                                                                                                *** Hino Salvador

A POCILGA SENADO

O Senado ao reconduzir Renan Calheiros ao posto, antes de eliminar todas as dúvidas quanto à sua conduta, coloca sob suspeita todo o legislativo. Até o PT votou no bandido alagoano
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Ao iniciar este artigo, lembrei-me de uma frase muito usada pelo empresário João Dalmacio, que chamava de "pocilga" a situação política de determinados candidatos aos cargos eletivos no Espírito Santo. Agora que vou escrever sobre a eleição do senador Renan Calheiros (PMDB-AL) para a presidência do Senado, com apoio da bancada do PT, e principalmente da presidente Dilma Rousseff. Tenho uma ligeira impressão "de quem com porcos se junta, farelo come". Ou seja, a eleição de Renan foi uma forma de o Governo Federal ter mais um "aliado bandido" com força para impedir que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e sua quadrilha vão para a cadeia. Um poder que prefere a imundície dos chiqueiros ao asseio das normas impostas por aquilo que, algo pomposamente, poderíamos chamar de moralidade pública. No Senado, cidadãos sob suspeitas abusam da paciência de um povo tolerante demais com políticos bandidos. O que vimos nos últimos dias que antecederam a eleição no Senado, foi a posição do ex-presidente da casa, José Sarney, (outro que não merece o menor respeito do povo brasileiro), em ter proibido a manifestação contra o senador Renan Calheiros, convocada por várias entidades. Os manifestantes pretendiam fazer na quinta-feira passada, a lavagem simbólica da rampa do Senado contra a volta de Renan à presidência daquele legislativo. O problema é que limpeza é algo que não combina muito com o Senado e deu no que deu. O Senado elegeu mais um bandido para assumir a sua presidência. Foi vergonhoso. Nas últimas duas décadas, o Senado proporcionou seguidas demonstrações de afronta aos cidadãos que custeiam suas bilionárias despesas (perto de R$ 8 bilhões no ano passado): escândalo do orçamento em 1993, compra de votos para aprovar a emenda da reeleição em 1997, violação do painel em 2001, mensalão em 2005, sanguessugas em 2006, farra das passagens e atos secretos em 2009… a lista é infindável. Estamos diante de uma daquelas tristes situações que nos levam a constatar que, em se tratando do Senado brasileiro, sempre é possível piorar. Mas sempre pode ser enriquecida, aumentando o tamanho dos golpes contra a cidadania, prova agora o processo da eleição de Renan Calheiros. Exemplar é o caso de Renan ser presidente do Senado e até agora foi incapaz de esclarecer as denúncias que, seis anos atrás, o obrigaram a renunciar à presidência do Senado para preservar o mandato de senador. O que o povo pode esperar de um Poder Legislativo ter em sua direção um bandido. O que o cidadão esperava era o cumprimento de pelo menos duas normas básicas: não roubar o dinheiro dos contribuintes e investigar ou colaborar com a investigação de crimes contra a administração pública, sobretudo quando os acusados forem senadores. Oposta é a regra que prevalece no Senado. Ali, cidadãos sob suspeitas gozam de proteção oficial, tapinhas solidários nas costas, carro e despesas pagas pelo erário, e abusam da paciência de um povo que demonstra excessiva complacência em relação a políticos bandidos. A precária mobilização popular, muito aquém do tamanho dos desaforos que o Parlamento tem metido pela goela abaixo da sociedade, contribui para o escárnio não ter fim. Como não há limites para o abismo moral, o PMDB, outrora valente combatente da ditadura e hoje confortável abrigo para novos e velhos suspeitos, concentra o maior número de bandidos em sua sigla. Uma vergonha, um tipo de política que não cheira bem. Parece mais uma pocilga. Fiquei arrepiado quando vi e ouvi Collor de Mello, hoje fazendo parte da "quadrilha", assacar contra o Procurador- Geral da República. Que moral tem esse cara pra acusar alguém? Gerson Camata repudiou a eleição de Renan. Camata abandonou a política, mas não o povo. Recentemente essa presidente concedeu passaporte diplomático pra esses "pastores" picaretas viajarem para o exterior. O povo brasileiro para estar congelado. Mais a hora vai chegar. Onde está a religião católica de direita, que não vê o aceno da volta do socialismo implacável e cruel ao Brasil. Essa gente precisa ser derrubada imediatamente do poder.



*** Hino Salvador é Jornalista, Radialista e Advogado

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