quarta-feira, 27 de julho de 2011

Fruticultura se firma como pilar da agricultura familiar no ES

Num Estado onde predomina a agricultura de base familiar, a fruticultura vem ganhando destaque no cenário da economia capixaba. Favorecido por possuir os três principais elos da cadeia produtiva do setor (produção / indústria / mercado) o Governo do Espírito Santo, a partir de um planejamento de longo prazo, coordena a implantação, revitalização e consolidação de pólos de fruticultura.
 Um dos principais parceiros do Governo nesse processo, a TROP BRASIL produz polpa de frutas tropicais para indústria de alimentos e bebidas. No último dia 25 de julho, a TROP apresentou um balanço de suas atividades nos últimos quatro anos e destacou a participação do mercado de frutas produzidas no Estado.
 Até 2011, a TROP BRASIL transformou em polpa mais de 60 mil toneladas de frutas. Manga e maracujá são os destaques na produção capixaba, sendo que o maracujá processado pela empresa é 100% produzido no Estado. A goiaba também se destaca na produção capixaba. Já a manga produzida em terras capixabas aumentou sua participação de 15 em 2007 para 46% em 2010. “A manga é um caso de sucesso sem precedentes no ES. Saltamos de 400 hectares em 2003 para 1500 hectares em 2011”, destacou José Carlos Grobério, engenheiro do Incaper responsável pelo pólo da manga. Mamão e abacaxi também vem sendo processados pela indústria, porém em menor volume.
 O encontro contou a presença do secretário da Agricultura do Estado, Enio Bergoli, que destacou o crescimento do consumo de frutas no mundo e, em especial, no Brasil. “De olho nesse mercado estamos fomentando a fruticultura no ES. Estamos com 11 pólos implantados e outros 2 em fase de estudos para implantação. Como possuímos os elos da cadeia produtiva dentro de nosso Estado, facilita o entendimento e reduz os riscos, pois estamos falando de um produto perecível”.   
 Com uma linha de produção capaz de processas 10 toneladas / hora, e prestes a ampliar sua capacidade para 20 toneladas / hora com a implantação da segunda linha de produção em 2012, a TROP vem alinhando suas ações junto com os produtores, incentivando o cooperativismo e investindo também em assistência técnica. “Temos que dar segurança aos produtores, colaborar com a organização do setor para garantir um volume crescente de produção dentro das boas práticas e com preço justo”, afirmou o gerente geral do TROP, Marcos Leonardo.
 Marcos Leonardo destacou também a redução dos riscos com as garantias apresentadas pela empresa, que elabora o valor do contrato tendo como base o custo da produção, o frete, o lucro do produtor e a participação da cooperativa. “Facilita a relação com os
agentes financeiros, que agora também apostam na fruticultura como fonte de renda para a agricultura de base familiar”, concluiu.
 O superintendente da Organização das Cooperativas do Brasil (OCB), Carlos André, reforçou a importância do cooperativismo como ferramenta para o desenvolvimento do setor. “Estamos empolgados com o que estamos vendo no setor frutícola no Estado. A OCB é parceira dos produtores”, afirmou Carlos André, que no encontro anunciou que a OCB vai assinar convênio com as cooperativas para contribuir com a assistência técnica.     
 Dalmo Nogueira, gerente de Fruticultura do Estado, se diz realizado ao ver que o setor se firmou e que os resultados já estão aparecendo. “Tenho toda minha vida profissional pautada no crescimento da fruticultura no Estado. Tenho orgulho em fazer parte dessa equipe e saber que pude contribuir com tudo isso que estamos vivendo agora”, afirmou Dalmo.   
 A agricultura de base familiar representa aproximadamente 80% das propriedades rurais capixabas. Clima e relevo permitem uma produção diversificada de frutas em todo território e geração de renda durante o ano inteiro. Atualmente, a fruticultura capixaba, incluindo o cacau, ocupa uma área de 85 mil hectares e uma produção anual estimada em 1,3 milhão de toneladas por ano, movimentando mas de R$ 600 milhões. Esses números representam 17% de participação na produção agropecuária do Estado. 
 Palavra do produtor:
 Fábio Fiorotti – Coopruj – Sem parceria não teríamos o que comemorar. Profissionalizando os produtores melhoramos a qualidade e a produtividade. A indústria nos dá a garantia de preço e pagamento.
 Rossini Brito – Cristalcoop – A aposta na fruticultura e no cooperativismo foi acertada. A segurança na venda facilita a relação com os agentes financeiros.

Marcos Leonardo é Gerente Geral da Top Brasil

O Secretário de Estado da Agricultura, Enio Bergoli


Nenhum comentário:

Postar um comentário